Eu Me Chamo Elizabeth
Nota: 8
Eu me Chamo Elisabeth, aborda o rito de passagem da infância para a adolescência com a delicadeza e a sinceridade que o tema exige. No centro do filme, está Betty (a encantadora Alba Gaïa Kraghede Bellugi), menina de dez anos que mora com a família em um casarão na França rural da década de 40.
Betty vive uma série de perdas e decepções ao longo da trama: primeiro, sua irmã mais velha vai estudar fora; depois, sua mãe (Maria de Medeiros) decide deixar seu pai (Stéphane Freiss); por fim, seu melhor amigo a engana diante dos colegas de escola.
O filme tem direção de Jean-Pierre Améris (Más Companhias), que também escreveu o roteiro, com ajuda de Guillaume Laurant (colaborador de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain).
Elizabeth, ou Betty, é interpretada pela iniciante Alba Gaïa, que até então só havia feito uma ponta no filme de François Ozon O Tempo que Resta.
A jovem atriz se mostra mais do que confiante no papel de uma criança que vive no limite entre o drama da solidão e o histerismo do medo de fantasmas.
Seus problemas tornam-se mais latentes quando sua irmã é matriculada em um colégio interno e seus pais estão em vias de separação. No mundo estóico de Betty, nem mesmo a empregada da casa a ajuda, já que é praticamente muda.
A oportunidade de encontrar um amigo, ou ao menos alguém para confessar o quanto está sozinha, acontece quando um dos pacientes da clínica que seu pai dirige foge e entra no jardim da casa de Betty.
A menina, ao vê-lo indefeso, acaba escondendo-o em uma cabana usada para guardar bicicletas. Como o lugar é inadequado e o fugitivo se nega a ir sozinho para longe, Betty decide partir com seu confidente.
A história tem muito a oferecer ao público mais jovem. Grande parte do mérito recai no excelente trabalho com os atores, no roteiro sensível sem ser piegas e na fotografia bucólica, sedutora. Em especial, no carisma cintilante da jovem atriz, cuja naturalidade mostra-se envolvente e encantadora.
1 Comments:
Eu assisti a este filme na TV Cultura e fiquei encantada com a sensibilidade e delicadeza da história. Eu gostaria de saber onde poderia encontrá-lo para comprar.
Postar um comentário
<< Home