15 outubro 2004

Chamas da Vingança



Nota: 3

Uma grande onda de sequestros varre o México, fazendo com que muitos de seus cidadãos mais ricos contratem guarda-costas para seus filhos. John Creasy (Denzel Washington) é um desmotivado ex-agente da CIA, que é levado à Cidade do México por seu amigo Rayburn (Christopher Walken). Sem emprego, ele aceita a proposta de ser guarda-costas da pequena Pita (Dakota Fanning), uma garota de 9 anos que é filha de um industrial (Marc Anthony). Incomodado com as perguntas constantes da garota, Creasy inicialmente vê seu novo trabalho como um fardo mas, aos poucos, cria amizade com Pita e passa a ter um novo ânimo em sua vida. A garotinha anima o rapaz, mas esse é um dos maiores desânimos no filme. A amizade entre ambos é forçada e não convence. O clima tenso do México, muito parecido com o de algumas cidades brasileiras, contrasta com o sossego da vida da elite mexicana. Esse é um fato verídico (sequestros), mas é mostrado de uma maneira, que o telespectador vê o México como uma terra sem lei. Uma terra onde polícia, bandidos e elite fazem conchavos para adquirir mais dinheiro. Não que seja mentira, isso existe, mas no mundo todo. E se o filme é norte-americano, porque não mostrar o problema no próprio país deles? Como feito em Traffic? Bom, o México é vizinho dos EUA, e grupos terroristas não são bem vistos em lugar nenhum. Mas deixando ideologias de lado, nessa primeira parte, o filme desenrola normalmente, sem cenas de ação. Na sequência, o filme muda de cara. O sequestro de Pita e sua suposta morte, faz o guarda-costas, que se encontrava em coma e ainda ferido, ir atrás dos culpados. Ele decide acabar com todos os homens que fizeram mal pra garota. Óbvio que todos são mexicanos. Usando o chavão de O Troco (filme que inclusive parece imitar) e de Kill Bill, a vigança é um prato que se come frio, Creasy enlouquece. Ele se arma até os dentes e parte em busca dos culpados. Com ajuda de uma repórter (esses norte-americanos tem muita sorte, né?!) ele vai fazendo as ligações necessárias e vai desmantelando uma rede de sequestros. No final, ele acaba sequestrando a família do sequestrador-mor, e descobre que a menina não havia morrido. Faz então um acordo de cavalheiros e pega a menina de volta. Como diversão Hollywoodiana é um bom filme de ação. Estimula, como nos outros filmes citados, a vingança. O enredo é ruim e tendencioso, e as partes emocionantes, não emocionam ninguém. É um Rambo estilizado, ou melhor, é parecido com aquele filme imbecil do Schwarzenegger (Efeito Colateral), no qual ele, sozinho, acaba com as Farc na Colômbia. Quem esses norte-americanos pensam que são?

1 Comments:

At 25 de outubro de 2004 às 15:21, Blogger Caos said...

Título Original: Man on Fire
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 146 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004
Direção: Tony Scott
Roteiro: Briian Helgeland, baseado em livro de A.J. Quinnell

Elenco: Denzel Washington (John Creasy)
Dakota Fanning (Pita Ramos)
Marc Anthony (Samuel Ramos)
Radha Mitchell (Lisa Ramos)
Christopher Walken (Rayburn)
Giancarlo Giannini (Manzano)

 

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