Paixão a Flor da Pele
Nota: 6,5
Nesse filme Josh Hartnett (péssimo ator, vindo de filmes de ação como Falcão Negro em Perigo) é Matthew, um jovem empresário que acredita ter visto em um café a mulher (Diane Kruger) que foi seu grande amor, e que desapareceu misteriosamente há dois anos. Ele decide segui-la, descobrindo aonde ela mora. Esta se torna sua rotina durante vários dias, tornando-se uma obsessão para Matthew reencontrá-la. Um dia ele decide invadir o apartamento dela, para poder esperá-la. Porém o que ele não sabe é que a mulher que segue não é exatamente quem ele pensa ser, e que ela sabe exatamente o que está fazendo. A trama é um pouco complicada, e só vamos compreender o filme perto do final. Talvez o ponto positivo do filme, esse enredo mais elaborado, seja exatamente o que tem melhorado o conceito dos filmes românticos perante o público, ultimamente. Um garoto (Hartnett) se apaixona por uma garota (Krueger) e eles se envolvem. Ela desaparece da vida dele, e portanto ele segue vivendo (infeliz) e inclusive vai se casar novamente. Nesse interim, Mat pensa ter encontrado a tal sumida. Ao segui-la, e inclusive ao entrar em seu apartamento escondido, dá de cara com uma estranha (Rose Byrne). Apesar do nome igual (Lisa), do cheiro, do sapato, ela não é quem ele imaginava. Mat desiste da piração (incentivado por uma amigo doido) e resolve retomar sua vida normal. Mas como fica com a pulga atrás da orelha, resolve seguir a suposta coincidência. Qual é a sua surpresa dele ao saber, que a estranha (para ele) conhecia a verdadeira Lisa. Foi ela quem na separou os dois, e que tenta constantemente mate-los separados. Enrolou tudo? Na verdade o filme muda aí de ótica, e conhecemos o ponto de vista do terceiro elemento da trama: Alex (Byrne) amava Mat desde o início, mas acaba perdendo ele para a amiga. Resolve então separá-los, e mante-los distantes um do outro. A história é essa. Conhecemos um lado da história, depois o outro, mas mesmo assim o filme peca por não mostrar, ou por esconder, o lado da noiva do rapaz, que seu deu mal na brincadeira. Creio que o roteiro ajuda a gostarmos da história, que não passa de mais um filme de amor, com uma boa dose de obsessão. Roteiro esse que lembra outro filme de amor-obsessão, Jogo da Sedução (de Garcia Bernal). Esse é mais um filme que segue a linha paradoxal da pós-modernidade: ao mesmo tempo que tem o amor de Lisa, e que nunca o esqueceu, Mat está namorando à dois anos com outra mulher, estão noivos, e isso de nada vale no filme. Assim como existe o amor eterno, imutável que sente por Lisa, existe o amor passageiro, momentâneo, que sente pela noiva. Tempos difíceis.
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Título Original: Wicker Park
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 115 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004
Direção: Paul McGuigan
Roteiro: Brandon Boyce, baseado em roteiro escrito por Gilles Mimouni
Elenco: Josh Hartnett (Matthew)
Rose Byrne (Alex)
Matthew Lillard (Luke)
Diane Kruger (Lisa)
Christopher Cousins (Daniel)
Jessica Paré (Rebecca)
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